terça-feira, 15 de março de 2011

Tsunamis,Betinho, Renato Russo e 2012



Desde sábado vejor as caras das pessoas em frente aos seus PC’s e telefisores com o semblante de quem pensa  “Meu Deus, o que é isso!” como já disse neste blog, eu sou um desses donos da verdade, sabe aquelas pessoas que explicam tudo?     Pois é, mas permitam-me falar algo sobre o que estão comentando  por estes dias.

Há muitos anos diziam que o mundo iria acabar em 2.000, e “nada” aconteceu nos últimos anos, depois que Holywood presenteou o mundo com o cine-pesadelo 2012, todo mundo tem certeza que o processo de fim já começou.    Terremoto na Indonésia há alguns anos, terremoto no Haiti no ano passado, terremoto no Chile e tudo mais que está matando seres humanos às pencas.
O que eu acredito meus caros é que devemos inverter e desordenar os pensamentos, devemos buscar as vozes abafadas daqueles que não ficam esbravejando moral, ordem e  civilidade com ar de preconceito, vozes daqueles que arregaçavam as mangas e fazia o que era possível, agia, embora seu máximo fosse um mínimo ao enxergar o tamanho das desgraças agiam.

Betinho, o sociólogo inimigo número um da fome, mobilizou a sociedade em prol de que os de fora comessem.  Digo os de fora por que o mesmo Betinho em entrevista anos antes de morrer proferiu a seguinte frase:  “A sociedade construiu um mundo menor que a humanidade!” é isso meus caros, é isso mesmo que vivemos, a maior parte dos seres humanos, estão fora do alcance de um abrigo, de um trabalho, de  educação, de respeito, de um prato de comida!!   Há pessoas que nasceram, cresceram e morreram nesta nossa época para quais o Mundo sequer começou!!

Zilda Arns, que utilizou sua vida em prol do outro, uma mulher que ultrapassou a barreira da religiosidade por que já nasceu ligada à força superior e entendeu a essência do pensamento de Cristo e  possibilitou que o mundo começasse para muita mas muita gente.  Fez sua viagem de volta no terremoto do Haiti, onde lutava pelos longiquos próximos e creio que quando o Mundo estava acabando em escombros sobre sua cabeça, ela deve ter dado seu ultimo respiro e pensado “Que comesse novamente” e foi para o universo virar um sol.

Minha geração foi marcada pela voz e poesia do inigualável Renato Russo, que um dia teve clareza de redizer em uma de suas canções: “É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã”, imagino quantos japoneses estão agora pensando que poderiam não ter discutido com aquele vizinho, poderiam ter dado mais abraços naquele parente, poderiam ter tido mais paciência com aquele velho pai, poderiam ter servido mais à aquela mãe, pois o mundo deles acaba de acabar, não importa o quão melhor reconstruam suas vidas, aquele mundo acabou, e a realidade dele agora é de ter reencarnado em vida, com lembranças, saudades e dores.  Gilberto Gil outro nobre artista certa vez cantou “Uma bomba sobre o Japão, fez nascer o Japão da Paz”  que nasça agora o Japão da vida, esta que se unir a paz, o universo agradecerá.

Por fim, o articulista Arnaldo Jabor certa vez disse que: “O Homem é  tão arrogante que pensa que está destruindo a Natureza, que nada! O Homem está acabando com ele mesmo, no fim de tudo a natureza vai se restabelecer e nem lembrar-se mais do homem”.   Pois é, a nossa evolução e parecida  co a de um vírus, o grande e nervoso Fausto Wolf dizia que somos os pulgões do planeta, e eu digo que parece que este resolveu se coçar, e acabar com os mundos que não estão em equilíbrio.

Por isso meus caros, não contem suas vidas em meses, semanas ou horas, isso tudo são só referências, conte sua vida em “tempo” e tenha para si que todo  instante o mundo acaba e recomeça e você pode mudar o curso de sua história e dos que os cercam, abrace o filho, perdoe o pai, se cure das mágoas e siga leve como a estrela Zilda Arns lembrando-se sempre que não há amanhã.

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